Aprovação pelo Fim da greve

Publicado em: 27/09/2012

No 8º dia da greve, Fenaban eleva reajuste para 7,5% e com 8,5% no piso



Após oito dias de uma forte greve nacional, que vem crescendo dia a dia, a Fenaban apresentou ontem, dia 25, ao Comando Nacional dos Bancários uma nova proposta, que na parte econômica eleva para 7,5% o índice de reajuste dos trabalhadores (aumento real de 2.02%); para 8,5% o aumento do piso salarial e dos auxílios-refeição e alimentação (ganho real de 2,95%); e para 10% no valor fixo da regra básica e no limite da parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).


Pela nova proposta da Fenaban, as principais cláusulas econômicas

da Convenção Coletiva dos Bancários, que está completando 20 anos em 2012, ficariam assim:


* Reajuste - 7,5% (aumento real de 2,02% pelo INPC).

* Piso - R$ 1.519,00 (reajuste de 8,5%, o que significa 2,95% de ganho real).

* Piso de Caixa - R$ 2.056,89 (reajuste de 8,24%, o que representa 2,70% de aumento real), incluindo as verbas de caixa.

* Auxílio-refeição - R$ 472,15 por mês (R$ 21,46 por dia), o que representa reajuste de 8,5%.

* Cesta-alimentação e 13ª cesta-alimentação - R$ 367,90 (reajuste de 8,5%).

* PLR - Regra básica: 90% do salário mais R$ 1.540,00 fixos (reajuste de 10%), com teto de R$ 8.414,34. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados para 2,2 salários, com teto de R$ 18.511,54.

* PLR adicional - 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 3.080,00 (reajuste de 10%).

* Antecipação da PLR - 54% do salário mais valor fixo de R$ 924,00, com teto de R$ 5.166,01 e parcela adicional de 2% do lucro líquido do primeiro semestre distribuído linearmente, com teto de R$ 1.540,00.

* A antecipação da PLR será paga até dez dias após a assinatura da Convenção Coletiva e a segunda parte até 1º de março de 2013.


No tema saúde dos trabalhadores, a Fenaban aceitou a reivindicação de que os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica sejam mantidos pelos bancos até que seja regularizada a situação junto ao INSS. Há inúmeros casos em que o trabalhador recebe a alta programada do INSS, mas acaba sendo considerado inapto no exame de retorno ao trabalho realizado pelos bancos, ficando sem benefício do INSS e sem salário. A Fenaban também assumiu o compromisso com a proposta do Comando de fazer um projeto-piloto para experimentar medidas defendidas pelos bancários e vigilantes para a melhoria da segurança nos bancos. As cidades de Recife, Olinda e Jaboatão  foram indicadas para a realização do projeto-piloto, com participação e acompanhamento dos bancários nas etapas.


Em relação aos dias de greve, a Fenaban propôs a manutenção da regra de compensação dos dias parados até 15 de dezembro deste ano, nos mesmos moldes da convenção coletiva do ano passado.


O Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT, avaliou que os avanços econômicos na nova proposta dos bancos só foram possíveis em consequência da força da greve nacional, iniciada no dia 18 de setembro, que nesta terça-feira fechou 9.551 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em todo o país.