Saúde

Síndome de Burnout

Uma epidemia que avança na categoria bancária

As metas abusivas impostas pelos bancos, característica marcante do trabalho bancário nos dias atuais, transformou-se em um fator de risco inerente da profissão do bancário. Além dos riscos já estudados e conhecidos do trabalho bancário, como os riscos ergonômicos, os movimentos repetitivos, o ritmo de trabalho acelerado, o risco iminente de assaltos e sequestros, a imposição e a cobrança de metas revela outro grave fator de risco à saúde de bancários e bancárias, colocando os profissionais entre os que mais se afastam do trabalho com problemas psíquicos como a Síndrome de Burnout.

A Síndrome de Burnout é uma das consequências deste ritmo atual: um estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho desgastantes. O próprio termo “burnout” demonstra que esse desgaste danifica aspectos físicos e psicológicos da pessoa. Afinal, traduzindo do inglês, “burn” quer dizer “queima” e “out” significa “exterior”.

“Verificamos que esse mal tem crescido muito na nossa categoria, decorrente da pressão por metas. Nos últimos meses, registramos quatro trabalhadores do Itaú Unibanco diagnosticados e afastados pelo INSS com a Síndrome de Burnout. Se não nos mobilizarmos isso vai virar uma Epidemia”, afirma Luiz Rocha, Diretor de Saúde do SindBancários Petrópolis.

Tratamento

Terapia e medicamentos, como antidepressivos, se fazem necessário além de uma mudança no estilo de vida. A atividade física regular e os exercícios de relaxamento devem entrar na rotina, pois ajudam a controlar os sintomas. É importante que o médico observe se é o ambiente profissional a causa do estresse ou se são as atitudes da própria pessoa que geram a crise.

A qualidade de vida é uma das armas para prevenir a Síndrome de Burnout. E isso inclui cuidar da saúde, dormir e alimentar-se bem, praticar exercícios e manter uma vida social bem ativa.

Não deixe também de procurar o Sindicato, para saber melhor dos seus direitos.

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Conceituação da L.E.R./D.O.R.T.

De acordo com a Norma Técnica Sobre L.E.R. do INSS, de 1993, L.E.R. é a terminologia que descreve as afecções (doenças) que podem atingir tendões, sinóvias, músculos, nervos, fáscias ou ligamentos - de forma isolada ou associada; com ou sem degeneração dos tecidos - afetando principalmente, mas não apenas, os membros superiores, região escapular e percoço. De origem ocupacional, decorre, de forma combinada ou não, dos seguintes fatores:

  • uso repetitivo de grupos musculares;
  • uso forçado de grupos musculares;
  • manutenção de postura inadequada.


A partir da recente revisão da Norma Técnica de 1993, feita pelo INSS, a expressão L.E.R. foi substituída por D.O.R.T. (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). Mas a terminologia L.E.R. continua sendo aceita devido a sua difusão. De acordo com a Ordem de Serviço 606, que disciplina a nova Norma Técnica, o conceito de L.E.R./D.O.R.T. é o seguinte: ... "as lesões causadas por esforços repetitivos são patologias, manifestações ou síndromes patológicas que se instalam insidiosamente em determinados segmentos do corpo, em consequência de trabalho realizado de forma inadequada"...

Diagnóstico

O diagnóstido da L.E.R./D.O.R.T. é essencialmente clínico e baseia-se na história clínico-ocupacional do paciente (relação entre os sintomas e queixas apresentados e o trabalho que ele executa); no exame físico detalhado; em exames complementares - apenas quando justificados e não obrigatoriamente - e na análise das condições de trabalho responsáveis pelo aparecimento da lesão.

Exemplos das principais formas clínicas que podem ser relacionadas às L.E.R./D.O.R.T.:

  • Tenossinovite - inflamação do tecido que reveste os tendões.
  • Tendinite - inflamação dos tendões.
  • Epicondilite - inflamação das estruturas do cotovelo.
  • Bursite - inflamação das bursas - bolsas localizadas entre os ossos e os tendões das articulações dos ombros.
  • Miosites - inflamação dos músculos.
  • Síndrome o Túnel do Carpo - compressão do nervo mediano ao nível do punho.
  • Síndrome Cervicobraquial - compressão dos nervos na coluna cervical.
  • Síndrome do Desfiladeiro Torácico - compressão do plexo (nervos e vasos).
  • Síndrome do Ombro Doloroso - compressão dos nervos e vasos na região do ombro.


Além destas, outras 13 patologias são admitidas como L.E.R./D.O.R.T. pela OS 606.

Exemplos de novas patologias reconhecidas como L.E.R./D.O.R.T.:

  • Dedo em Gatilho - inflamação dos tendões flexores dos dedos.
  • Síndrome do Interósseo Anterior (ou Síndrome do Supinador) - compressão do nervo interósseo que passa por dentro do músculo supinador (aquele que executa movimentos que resultam em posição em que cada em que cada mão tem a palma voltada para frente ou para cima) quando este fica hipertrofiado.
  • Tendinite da Porção Longa do Bíceps (ou Tendinite Distal do Bíceps) - causada por atividades que exigem movimentos de flexão do antebraço supinado sobre o braço.


Sintomas

As manifestações das L.E.R./D.O.R.T. também variam entre os pacientes. Nem todos apresentam sintomas visíveis das lesões. Os sintomas mais frequentes são:

  • fadiga muscular - sensação de peso e cansaço no membro afetado;
  • dores, formigamento, fisgadas, choques;
  • inchaços, avermelhamento da pele, calor localizado;
  • crepitações (rangidos);
  • dormência e perda de força muscular.


Quanto a atividade repetitiva é intensa, os sintomas persistem por várias horas após o término da jornada de trabalho, e podem perturbar o sono e provocar transtornos emocionais, agressividade e depressão, entre outros incômodos. O diagnóstico precoce dos casos de L.E.R./D.O.R.T. e o rápido encaminhamento dos trabalhadores para tratamento médico são fundamentais para os funcionários e para a empresa. Ao primeiro grupo, permitem manter sob controle satisfatório as doenças; ao segundo, contribuem para reduzir os períodos de afastamento dos trabalhadores.

 PEDALAR FAZ BEM A SAÚDE?

 

O QUE EU PRECISO PARA PEDALAR?

Comece olhando honestamente para si mesmo, verificando se você tem tempo para dispender com atividades físicas durante seu dia normal. Se leva uma vida sedentária, uma revisão médica antes de começar a pedalar é obrigatória. Avaliar como está seu coração, sua musculatura, juntas e as suas taxas metabólicas. Feito isto, você precisa de uma bicicleta e de alguns equipamentos básicos. 
O principal é o capacete. Não é uma peça obrigatória, mas é altamente recomendável, assim como as luvas.  Com isto você já pode pensar em se aventurar em alguns passeios. Diversos grupos em Recife colaboram com a divulgação do ato de pedalar realizando passeios gratuitos noturnos pela cidade. Para começar, se você não tem muita experiência, opte pelo APS - Amigos para Sempre, aos domingos, 8h das manhã, na Jaqueira. Ou então pelo Corujaqueira, nas terças 21h, também na Jaqueira. O site do Corujaqueira tem uma relação de outros grupos localizados nas cidades da região metropolitana do Recife. A maioria tem site na internet e os horários dos passeios. Alguns grupos cobram pelo apoio. A maioria, não.

É PERIGOSO PEDALAR NA RUA? 

É sim. Assim como andar, dirigir e até mesmo ficar parado. Dados internacionais dão conta de que o risco de morte de um ciclista é inferior ao de um motorista. Observe que não estamos falando de risco de acidente, mas de morrer em um acidente.  Carros andam mais rápido e os acidentes são mais graves. O uso do capacete minora ainda mais o risco de que, em caso de acidente, este atinja partes vitais da cabeça de quem pedala. Os riscos aumentam muito se quem pedala não segue as regras de trânsito, ou comete erros ao pedalar como falar ao celular ou ouvir música. E também precisa observar as regras de trânsito, como andar na mão correta, na faixa de mais baixa velocidade, ter atenção redobrada ao cruzar a esquerda, e nunca furar o sinal vermelho. Ao pedalar na rua, você tem de estar atento ao que se passa ao seu redor. Esta é a sua garantia de que não vai ser pego de surpresa por um buraco na rua, um motorista irresponsável ou pego de surpresa por um pedestre mais apressado. Sua segurança é você quem faz.

Você está esperando o quê para comprar sua bicicleta?  


Rogério Leite
Químico Industrial/Engenheiro de Materiais e Designer Gráfico. Fotógrafo, Ilustrador e Artista Plástico. Pedala como meio de transporte desde 2008. Escreve no Pedalando & Olhando (http://pedalandoeolhando.blogspot.com/), blog dedicado a ciclocultura em Recife, e organiza o Pedalando em Recife (http://pedalandorecife.blogspot.com/) mapa interativo com a cicloinfraestrutura na cidade. Pesquisa constantemente a ciclocultura na internet.