5,2 milhões de brasileiros procuram emprego há mais de 1 ano, diz IBGE

O tempo que os trabalhadores e as trabalhadoras estão demorando para conseguir se recolocarem no mercado de trabalho brasileiro cresce na mesma proporção que as taxas de desemprego, que vem registrando um recorde atrás do outro desde o golpe de 2016.
De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (16/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do total de 13,4 milhões de desempregados registrados no 1º trimestre de 2019, 5,2 milhões procuram uma oportunidade de trabalho há mais de um ano. Esse universo representa 38,9% dos desempregados no país.
Outros 3,3 milhões (24,8%) estão desocupados há dois anos ou mais. Ainda segundo o IBGE, 6 milhões de pessoas (45,4% do total) estão procurando emprego há mais de um mês e menos de um ano, e 2,1 milhões entraram para a fila do desemprego mais recentemente, há menos de um mês.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, os dados apontam para um diagnóstico grave, reflexo de uma economia estagnada, sem perspectivas de melhora e de um governo sem política de desenvolvimento. Para ele, a política econômica recessiva adotada pelo governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL), que se limita a anunciar medidas de arrocho e retirada de direitos, vai piorar ainda mais a situação da classe trabalhadora.
Segundo o IBGE, o desemprego cresceu em 14 das 27 unidades da federação no 1º trimestre deste ano. O Amapá concentra 20% de desempregados, a maior taxa do país. Na sequência, aparece os estados da Bahia (18,3%), Acre (18%) e Maranhão (16,3). Já as menores taxas estão nos estados da Região Sul do país: Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,0%) e Paraná. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as taxas ficaram em 13,5% e 15,3%, respectivamente.