7 mentiras que contaram para você aceitar a reforma trabalhista em vigor

A nova legislação trabalhista, que entrou em vigor no sábado, 11/11, tem a desaprovação de 81% dos brasileiros. A ampla maioria, 67%, considera que a “reforma” só é boa para os patrões e outros 15%, que não é boa para ninguém. Os números foram levantados pelo instituto Vox Populi, em pesquisa realizada entre 27 e 31 de outubro.
Apenas 6% aprovam as mudanças contidas na Lei 13.467, 5% não aprovam nem desaprovam e 8% não sabem ou não responderam. O maior índice de rejeição encontrado na pesquisa foi registrado no Sudeste (89%). No Nordeste, a rejeição às mudanças é de 81%; no Centro-Oeste/Norte, 78% e no Sul, 60%.Entre os defensores da Reforma Trabalhista, destacam-se os (neo)liberais, os mais bem-sucedidos nesse lóbi a favor dos empregadores. Valendo-se da baixa informação do público a respeito das reformas trabalhistas, os (neo)liberais conseguiram, utilizando apenas 7 entre as quase das 100 mudanças que a reforma provocará nas leis trabalhistas persuadir muita gente de que ela será vantajosa para os trabalhadores.
Com essa falácia eles criaram os seguintes argumentos:
1- A negociação entre empresas e seus empregados será facilitada;
2- Os trabalhadores terão mais liberdade de escolha para decidirem quando tirarem suas férias e em qual dia preferem aproveitar um feriado;
3- O trabalho em casa agora será reconhecido;
4- Demissões podem ser negociadas entre patrão e empregado e o FGTS poderá ser sacado mesmo em caso de pedido de demissão;
5- Trabalhadores terceirizados agora terão acesso aos direitos trabalhistas;
6- O imposto sindical deixará de ser obrigatório (de longe, o “argumento” mais utilizado);
7- Pessoas que trabalham por meio de contratos temporários também poderão garantir direitos trabalhistas.
Evidentemente, as outras mudanças, entre as quais aquelas que permitem até 12 horas de trabalho diárias, o fim do pagamento das horas de percurso para trabalhadores que moram longe do trabalho, o fim da garantia de afastamento remunerado de grávidas, inclusive as que trabalham em ambientes insalubres e as consequências reais da terceirização irrestrita, que irá baixar salários e precarizar o trabalhador, são totalmente ignoradas.