A CATEGORIA PARA POR TEMPO INDETERMINADO

Cansados da enrolação da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e dos bancos federais durante as negociações, bancários(as) decidiram paralisar suas atividades a partir de amanhã (06/09).
A paralisação por tempo indeterminado é uma forte ferramenta contra o discurso endurecido dos patrões, que ofereceram um reajuste rebaixado, de 6,5% nos salários e demais verbas e um abono de R$ 3 mil. O índice está longe do reivindicado pela categoria, de 14,78% e nem sequer repõe a inflação do período, projetada em 9,7%. Além disso, não ofereceram garantia de emprego, muito menos segurança. Uma falta de respeito com os trabalhadores e clientes.
A proposta foi rejeitada imediatamente pelo Comando Nacional dos Bancários, e, posteriormente, pela categoria, em assembleia.
Principais reivindicações dos bancários:
- Reajuste salarial: reposição da inflação (9,7%) mais 5% de aumento real;
- PLR: 3 salários mais R$8.317,90;
- Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
- Vale alimentação;
- Vale refeição;
- 13ª cesta e auxílio-creche/babá;
- Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
- Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
- Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
- Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
- Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).