Acordos e convenções coletivas caem pós-reforma

Publicado em: 15/08/2018
Acordos e convenções coletivas caem pós-reforma

A nova legislação trabalhista trouxe inúmeros prejuízos para os trabalhadores. Uma prova é que o número de convenções coletivas fechadas no primeiro semestre de 2018 teve queda de 45,2% em relação ao mesmo período do ano passado.


Os dados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apontam ainda que nos seis primeiros meses deste ano, a quantidade de acordos coletivos recuou 34%.


Desde que a reforma entrou em vigor, as campanhas salariais têm sido ainda mais difíceis. Pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revela que nas mesas de negociação têm sido discutidos pontos que tiveram alterações com a nova lei.  Patrões e empregados debatem, por exemplo, a aplicabilidade da revisão do intervalo intrajornada; contribuição sindical; homologação da demissão pelos sindicatos; banco de horas; e permanência da gestante em ambiente insalubre.


Os bancários estão em campanha salarial e já experimentam o gosto ruim da reforma. Os bancos se negam a garantir a ultratividade, mecanismo que foi derrubado pela nova lei e que garantia a manutenção dos direitos, até que um novo acordo fosse assinado.