Aécio Neves é a favor do PL4330 da terceirização e contra os trabalhadores

A Contraf-CUT criticou ontem (16/04), o pronunciamento do senador e ex-candidato à presidência da República Aécio Neves, que afirmou em entrevista ao portal G1 que sua posição pessoal era pela manutenção do entendimento anterior, de votar o projeto do relator do PL 4330/2004 e que os deputados que adiaram a sessão, que votaria os destaques, podem ter sido influenciados "de forma artificial", dando a entender que se tratava das manifestações promovidas pelos trabalhadores em todo o país. A posição do senador comprova o que os trabalhadores temiam que ele fizesse, caso fosse eleito, a retirada de direitos trabalhistas e a redução dos salários.
A Contraf-CUT orienta a todos os sindicatos e federações a manter a mobilização contra o PL 4330 e continuar a denunciar os parlamentares que votaram contra os direitos dos trabalhadores, mostrando para a população quem são eles e a que partido pertencem.
"Essa é a nossa força e já tem surtido alguns efeitos como a suspensão da sessão que votaria os destaques, vamos continuar firmes nessa luta", destaca Roberto Von Der Osten, presidente da Contraf-CUT.
Veja na integra a matéria na página do G1 na internet - http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/04/aecio-diz-concordar-com-projeto-que-permite-terceirizar-todas-atividades.html
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Setor bancário é o que mais terceiriza
O setor financeiro é o que mais terceiriza mão de obra, aponta o MPT (Ministério Público do Trabalho). Entre 1999 e 2009, as organizações financeiras aumentaram em 388% as despesas com terceirizados, principalmente com trabalho de retaguarda e venda de produtos. Já o número de bancários apresenta redução considerável.
No ano passado, foram mais de 5 mil demissões. A redução de custos com o funcionário com carteira assinada não se justifica, uma vez que o lucro dos bancos cresce a cada ano. Em 2001, era de R$ 8 bilhões. Em 2010, já batia na casa dos R$ 48,410 bilhões, aumento de quase 500%. Em 2014, chegou a inacreditáveis R$ 60 bilhões.
Os bancos constantemente aparecem na mídia por conta de ações judiciais. Segundo o MPT, a maior parte dos casos de terceirização terminam em processos. Nas sentenças, tribunais por todo o país afirmam se tratar de terceirizações com a intenção de fraudar direitos próprios dos bancários. Mas, se o projeto de lei 4330 for regulamentado, os bancos vão poder terceirizar com o apoio da legislação.