Agência digital no Itaú Unibanco é inferno real

Publicado em: 04/04/2016
Agência digital no Itaú Unibanco é inferno real

As denúncias sobre as condições de trabalho nas agências do Itaú Unibanco digital são frequentes e preocupantes. Excesso de jornada, pressões psicológicas por resultados de vendas e assédio moral são alguns problemas enfrentados diariamente pelos bancários.


A implantação das agências digitais é apresentada como uma iniciativa revolucionária, capaz de otimizar a relação bancário e cliente. Mas, o quadro atual é de funcionários desrespeitados e clientes insatisfeitos.


O local mais parece um setor de telemarketing do que uma agência efetivamente e o Itaú Unibanco descumpre todas as regras. De acordo com a lei, a jornada diária para teleatendimentos é de 6 horas com, no mínimo, 3 pausas (uma de 20 minutos e duas de 10 minutos), mas, nas unidades digitais o trabalho é de 8 horas com o headset, sobre pressão de venda e sem atentar para um atendimento de excelência. Não bastasse tudo isso, o banco ainda dificulta a inspeção para averiguação das denúncias e se abstém de questionamentos feitos pelos representantes dos trabalhadores.


Uma nova reunião da COE-Itaú (Comissão de Organização dos Empregados), acontece amanhã, 05/04 em SP, com a participação dos diretores do SindBancários Petrópolis, Geraldo de Oliveira e Sávio Barcellos, e no dia 06/04, a reunião será com o banco, para tratar sobre as denúncias envolvendo as agências digitais.