Agências digitais já afetam emprego e a remuneração no Itaú Unibanco

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú discutiu o impacto sobre o emprego com a criação das agências digitais e os encaminhamentos para os debates com o banco sobre o Programa Complementar de Resultados (PCR), em reunião realizada, ontem (17/09), na sede da Contraf-CUT.
Representantes de federações e sindicatos relataram que em várias regiões do País, principalmente no Sudeste, o processo tem significado impacto sobre o emprego e também sobre a remuneração.
Os dirigentes sindicais afirmaram que o temor pelo desemprego hoje é muito grande, depois que Marco Bonomi, diretor responsável pela área de Varejo, afirmou a acionistas que daqui a dez anos o Itaú Unibanco pode ter apenas metade do número de agências que tem hoje e, nos próximos três anos, o corte já atingirá 15%. Isso significaria a redução de 30 mil empregos.
PCR e Bolsa de Estudo
Os bancários também definiram que discutirão com o banco o pagamento de um valor do PCR condizente com os altos lucros que o banco vem obtendo, rentabilidade de 23,5% em 2014.
Também vão reivindicar o reajuste condizente com este resultado, com o valor das 5.500 bolsas de estudo dos funcionários.
Os diretores do SindBancários Petrópolis, Geraldo de Oliveira e Sávio Barcellos, participaram da reunião em São Paulo.