Anúncio de reestruturação na Caixa causa medo e insegurança em empregados

Publicado em: 03/06/2019
Anúncio de reestruturação na Caixa causa medo e insegurança em empregados

    A direção da Caixa Econômica Federal pretendente anunciar hoje (3/6), uma nova reestruturação do banco. Desta vez, todos os bancários sem função da Matriz e filiais, vinculados a algumas vice-presidências, o que corresponde a um pouco mais de 800 trabalhadores, serão transferidos para agências.   

    A medida tomada, unilateralmente, sem debate não resolve a carência de pessoal existente nas agências e pode, junto com o Plano de Demissão Voluntária (PDV), criar uma sobrecarga maior nas áreas meio. O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor da Contraf-CUT, Dionísio Reis, alerta que não houve qualquer debate. “Cobramos respeito aos trabalhadores e às suas vidas. Não podemos admitir que medidas dessa natureza sejam tomadas sem amplo debate com os empregados”.

    Em 2014, a Caixa chegou a ter 101 mil empregados e a demanda das entidades assinada em acordo era contratar mais dois mil trabalhadores, elevando o quadro de pessoal para 103 mil. “Nos últimos três anos o banco perdeu quase 17 mil postos de trabalho. Isso vem afetando as condições de trabalho, provocando adoecimento dos trabalhadores e comprometendo a qualidade do atendimento à população”, ressalta o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Jair Ferreira.

    Para o dirigente da Contraf-CUT o processo de reestruturação não pode servir para discriminar ou perseguir trabalhadores. Pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em vigor, delegados e membros de Cipas também não podem ser realocados. A direção do banco também não poderá remover empregados que estejam com problemas de saúde ou de licença para tratamento.