Após dois anos, golpe parlamentar no Brasil mostra ao que veio

Desemprego recorde, perda de direitos, corte nos investimentos e perseguições políticas. Desde 31 de agosto de 2016, quando o Senado chancelou a saída da presidenta eleita, Dilma Rousseff, os brasileiros têm assistido, quase que diariamente, aos desmontes de importantes políticas públicas construídas nos últimos anos. Confirmaram o que os movimentos sociais, sindical e partidos de esquerda já diziam: foi golpe!
Ao longo desse período, o ilegítimo Michel Temer (MDB) e sua base aliada no Congresso Nacional, seguiram destruindo conquistas de todas as áreas, privilegiando pequenos setores da classe empresarial, jurídica e da mídia – além, claro, do capital estrangeiro.
Nesse período, também foi fortalecido o discurso de criminalização dos movimentos dos trabalhadores, na tentativa de enfraquecê-los. Mas houve luta e foi possível acompanhar, nesse período, grandes mobilizações, como a maior Greve Geral da história do país, em 28 de abril de 2017, que impediu que a reforma da Previdência (ainda uma ameaça) fosse votada.
Em 31 de agosto de 2018, dois anos após o golpe que encerrou mais um período de democracia no Brasil, foi feito um levantamento de alguns dos acontecimentos negativos à população;
30 de novembro de 2016 - Após repressão e agressões nas ruas, Senado aprova PEC 55 em primeiro turno;
22 de março de 2017 - PL 4302 que terceiriza todas as atividades das empresas é aprovado pela maioria da Câmara dos Deputados;
12 de julho de 2017 - Senado aprova o projeto de reforma trabalhista, sem alterações;
25 de outubro de 2017 - Câmara salva Temer, Padilha e Moreira de denúncia no STF pelos crimes de formação de quadrilha e organização criminosa;
27 de outubro de 2017 - Temer entrega Pré-Sal e futuro do país para estrangeiros;
27 de abril de 2018 - Desemprego bate mais um recorde negativo e atinge 13,7 milhões de pessoas;
22 de maio de 2018 - Caminhoneiros mantêm Brasil paralisado;
24 de julho de 2018 - Gás de cozinha e combustíveis aumentaram três vezes mais do que a inflação.