Bancários cobram fim das demissões no Santander

Os bancários se reúnem hoje (08/11), com o Santander, em São Paulo, para cobrar o fim das demissões, da rotatividade e das terceirizações, bem como reivindicar mais contratações para melhorar as condições de trabalho. A reunião foi agendada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Apesar do lucro líquido de R$ 4,3 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, o banco espanhol extinguiu 3.414 empregos no mesmo período, o que é injustificável.
Essa realidade vai piorar ainda mais diante do anúncio de "melhorar a eficiência dos custos" feito pelo presidente global do Santander, Javier Marín, durante teleconferência ocorrida no dia 24 de outubro para apresentar o balanço dos primeiros nove meses do ano.
"O acordo coletivo deu um aumento de 8% no Brasil", disse ele indignando e revoltando os bancários.O programa do Santander prevê uma redução de custos de 1 bilhão de euros até 2016 em todo mundo. O Brasil deve responder por 40% dos cortes, a maior parte desse valor. Isso significa que o banco quer reduzir as despesas da filial brasileira em cerca de 400 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão) até 2016.
Ontem, dia 07/11, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander realizou uma reunião na sede da Contraf-CUT, cujo o tema principal debatido por mais de 60 dirigentes de sindicatos e federações de todo o país foi o emprego.
Os representantes sindicais denunciaram também a carência de pessoal, a sobrecarga de trabalho, a cobrança de metas abusivas, o assédio moral, o adoecimento de funcionários, o fechamento de agências, além da crueldade das demissões que não param.
Após os debates, foi reafirmada a luta pelo emprego e a necessidade de continuar exigindo a presença de funcionários do banco como prepostos nas homologações junto aos sindicatos, ao invés de terceirizados para reduzir custos e ampliar a precarização do trabalho. O diretor do SindBancários, funcionário do banco e membro da COE, Alexandre Eiras, participou da reunião em São Paulo.