Bancários deflagram greve nacional

Os bancários de bancos públicos e privados de todo o país entram em greve nacional a partir de hoje (30/09), por tempo indeterminado.
Por orientação do Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT, a decisão foi tomada pelas assembleias realizadas pelos sindicatos na noite de ontem, que ratificaram as decisões das assembleias do dia 25/09 e rejeitaram a nova proposta apresentada no sábado 27/09, pela Fenaban, elevando o índice de reajuste de 7% para 7,35% (0,94% de aumento real) para os salários e demais verbas salariais e de 7,5% para 8% (1,55% acima da inflação).
Somente os seis maiores bancos (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander e HSBC), que somados detêm mais de 85% dos ativos do sistema financeiro e empregam mais de 90% dos bancários, tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano.
Após o resultado das assembleias dos sindicatos, que representam a grande maioria dos bancários de todo o país, a Contraf-CUT enviou ofício para a Fenaban, comunicando a rejeição da nova proposta dos bancos.
AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS:
- Reajuste salarial de 12,5%;
- Piso Salarial de R$ 2.979,25;
- PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247,00;
- 14º salário;
- Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
- Gratificação de caixa: R$ 1.042,74;
- Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo;
- Vale-cultura: R$ 112,50 para todos;
- Fim das metas abusivas;
- Combate ao assédio moral;
- Isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde;
- Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria;
- Fim das demissões e da rotatividade e combate às terceirizações;
- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;
- Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
- Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; biombos em frente aos caixas e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;
- Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional.