Bancários do Itaú Unibanco cobram compromisso com emprego

O emprego foi a pauta principal da reunião entre a Contraf-CUT, federações e sindicatos e o Itaú Unibanco, ontem 16/12, na sede da Confederação, em São Paulo. Conforme solicitado pelos representantes dos trabalhadores, durante o último encontro, no dia 26 de novembro, o banco apresentou os números de desligamentos. De 1º de janeiro de 2015 a 08 de dezembro de 2015, fechamento da folha, foram 8.529 desligamentos no total, na base da Contraf-CUT, foram 5.344.
O banco alega que o número geral não está diferente da média do ano passado, quando 9.049 trabalhadores foram desligados. Mas, os dirigentes de várias partes do País que participaram da reunião demostraram que em alguns casos os números são maiores do que os apresentados pelo banco. Em Curitiba e região, por exemplo, o banco conta 222 desligamentos. Porém, os dirigentes sindicais apresentaram 270 demissões.
O banco informou que, em 2015, 142 agências foram encerradas e 35 foram inauguradas. Neste processo, 1.045 trabalhadores foram envolvidos. Deste total, 87% foram realocados. Com isso, os dirigentes sindicais reivindicam também a manutenção da Central de Realocação, que indica funcionários que podem ser demitidos para outra função dentro do banco.
O Itaú Unibanco insistiu também na postura pessimista em relação a crise. Porém, os bancários frisaram os altos lucros do banco, que nos nove primeiros meses de 2015, teve lucro líquido recorrente com alta de 20,7% em relação ao mesmo período de 2014 (R$ 18,059 bilhões).
O novo modelo de convênio médico foi outro assunto da pauta da reunião. O banco informou que desde 1 de dezembro de 2015 os novos contratados têm um novo modelo de convênio, nos moldes da ANS, com uma tabela que segue a faixa etária de cada dependente individualmente.
Os diretores do SindBancários Petrópolis e funcionários do banco, Conrado Klippel e Sávio Barcellos, participaram da reunião em SP representando nossa entidade.
A boa notícia do encontro ficou por conta do Agir (programa de remuneração variável). O banco aceitou o pedido dos trabalhadores de não computar o período de greve. “Os dias parados não serão computados no fechamento das metas. O banco também está contando 11 meses e não 12. Assim, desconta as férias dos bancários”, comemorou Mauri Sérgio Martins de Souza, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.Ficou decidido ainda que a cada três meses vão ser feitas reuniões entre a Contraf-CUT e o banco para discutir o emprego.