Bancários fecham 8.527 agências no terceiro dia de Greve

A greve nacional dos bancários continua crescendo em todo território nacional, ontem, dia 20/09, terceiro dia do movimento, as paralisações atingiram 8.527 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e Distrito Federal. As informações foram enviadas à Contraf-CUT pelos 137 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários.
No primeiro dia de greve, terça-feira, dia 18/09, foram fechadas 5.132 agências. Já no segundo dia as paralisações alcançaram 7.324 dependências. O crescimento da greve no dia de ontem, superou também o terceiro dia do movimento no ano passado, quando 7.672 unidades foram fechadas.
O Comando Nacional se reunirá hoje, dia 21/09, a partir das 14h, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo. "Vamos fazer uma avaliação da greve e discutir estratégias para fortalecer ainda mais o movimento em todo o país, caso a Fenaban continue não dando sinal de vida e mantenha essa postura intransigente em relação às demandas dos bancários", destaca Carlos Cordeiro, Presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
A Contraf-CUT enviou nesta quinta-feira, dia 20/09, uma carta à Fenaban, comunicando que o Comando Nacional se reunirá hoje e se disponibilizará para retomar a mesa de negociações da Campanha Nacional 2012, caso a Fenaban tenha uma nova proposta para apresentar à categoria bancária.
Os bancários estão cada vez mais indignados com o silêncio da Fenaban e por isso, o movimento se amplia rapidamente a cada dia em todo o país. Os banqueiros não atenderam as reivindicações da categoria de reajuste de 10,25% (5% de aumento real), valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades, na mesa de negociação e agora estão sentindo a força da mobilização.
Ontem na Avenida Paulista em São Paulo, uma manifestação organizada pela CUT e demais centrais sindicais reforçou a luta das categorias em campanha salarial no segundo semestre, por aumentos reais de salários. Os dirigentes sindicais enfatizaram que não falta dinheiro, mas responsabilidade aos banqueiros e aos empresários nas negociações com os trabalhadores.
Os bancos apresentaram uma única proposta ao Comando Nacional no dia 28 de agosto, com reajuste de 6% (apenas 0,58% de aumento real), rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas pelos sindicatos em todo o país.
As principais reivindicações dos bancários
● Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%).
● Piso salarial de R$ 2.416,38.
● PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
● Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
● Elevação para R$ 622,00 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.
● Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade.
● Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
● Mais segurança
● Igualdade de oportunidades.