Bancários mantêm força da greve

Publicado em: 15/10/2015
Bancários mantêm força da greve

A greve nacional dos bancários chega ao 10º dia nesta quinta-feira (15/10) sem nenhuma perspectiva de negociação com a Fenaban, muito menos com a direção dos bancos públicos.


Todos se calam e ignoram o conjunto da sociedade. Diante do cenário, a paralisação deve ser a mais longa dos últimos anos. Até porque, a categoria não aceita retrocessos e só faz acordo com uma pauta justa e o atendimento do reajuste salarial de 16% (aumento real de 5,7% mais a inflação). O posicionamento foi reafirmado em reunião do Comando Nacional, realizado ontem (14/10), em São Paulo.


Em todo o Brasil, 11.439 agências e 42 centros administrativos paralisaram suas atividades. Hoje em Petrópolis, as agências do HSBC, Santander, Banco do Brasil e Caixa, permaneceram fechadas durante todo o dia.


O balanço é positivo. A paralisação cresce a cada dia. A adesão dos bancários é recorde em todo o Brasil. A categoria tem contado com a compreensão da sociedade e da opinião pública em geral. Mas, os bancos contam com os meios de comunicação, dispostos a ajudar no desgaste do movimento.


A ganância dos bancos não atinge apenas os bancários. Os clientes também são penalizados desde a abertura da conta. Estudo do Procon de São Paulo mostra que a diferença entre o pacote padronizado II (que inclui saque, folha de cheque, extrato, transferências por meio de DOC, TED e entre contas da mesma empresa) chega a 37,82%.


Uma mesma tarifa tem diferença de até 447,5% entre os bancos. Em seis meses, só com tarifas, as principais organizações embolsaram R$ 55 bilhões.  Por isso, é importante manter os clientes e usuários informados, pois os bancos podem atender a pauta de reivindicações.


Apesar do resultado excepcional, a Fenaban até o momento não muda a proposta já rejeitada, de reajuste salarial de 5,5%, abaixo da inflação (9,88%), e abono de R$ 2,5 mil.