Bancários questionam critérios de ascensão profissional do BB em mesa temática
 
            
            Os critérios para ascensão profissional  foram os principais temas debatidos na mesa temática de Remuneração  entre os representantes dos funcionários e do Banco do Brasil nesta  quarta-feira (3 de março). O funcionalismo reivindica critérios mais  transparentes em todo o processo de comissionamentos.
"A autonomia ainda é do gestor. Ele pode preterir alguém por motivos  meramente pessoais. Ainda há muitas questões subjetivas, por isso já  apresentamos algumas ideias para que os critérios possam ser observados  com mais objetividade", ressalta Eduardo Araújo, coordenador da Comissão  de Empresa dos funcionários do banco (CEBB). 
Na mesa temática foram discutidos conceitos e práticas de  comissionamento nas diversas áreas do banco, já que os Sindicatos  recebem as reclamações e demandas do dia-a-dia e assim constatam os  equívocos existentes no sistema. 
No sistema do Programa de Talentos e Oportunidades do BB (TAO) os  funcionários são avaliados de acordo com três critérios abrangentes:  competências, desempenho e experiências. Observando esses tópicos, são  classificados os profissionais que desejam participar da concorrência ao  cargo comissionado e que atendem aos pré-requisitos estipulados para a  função. O gestor pode escolher a livremente entre os 20 primeiros  classificados ou outro classificado (fora dos 20) que seja da sua  dependência. 
Além disso, o atual modelo analisa parâmetros como perfil e dá pesos  diferentes para competência, desempenho e experiência dependendo da  situação, sem especificar critérios de objetividade claros. 
Os representantes dos funcionários discutiram na reunião algumas  sugestões a serem estudadas para possível implantação dentro do Plano de  Carreiras, Cargos e Salários (PCCS). Essas sugestões serão levadas para  os encontros regionais a serem realizados em todo o país e depois ao  21º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, marcado para os dias 28,  29 e 30 de maio. A decisão final aprovada pelos trabalhadores será  apresentada posteriormente na mesa de negociação permanente.
Entre as sugestões da Comissão está uma escala de comissionamento  automático para os cargos de primeira comissão. "A intenção do movimento  sindical é minimizar a subjetividade. A pessoas devem ser da confiança  do banco e não de um gestor. Isso diminui as chances de apadrinhamento,  sem qualificações técnicas, durante o processo de seleção,  principalmente nas pequenas agências", comenta Eduardo Araújo. 
A Gestão de Desempenho por Competências do BB, conhecida pela sigla GDP,  foi implementada em 2005. De acordo com o banco, o programa analisa a  competência profissional que é uma combinação sinérgica de  conhecimentos, habilidades e atitudes evidenciadas no trabalho. Esse  desempenho é observado por ciclos de avaliação (para comissionados ou  não). 
O movimento sindical apontou falhas nos procedimentos e nos registros  dos acordos de equipe, das anotações de feedback e das competências não  requeridas e ainda na elaboração do Plano de Desenvolvimento de  Competências (PDC) e no acompanhamento da Gepes nos casos de avaliações  insuficientes. 
Os representantes dos funcionários também questionaram o fato do  empregado poder ser descomissionado em uma única avaliação insuficiente  no GDP. Isso, em muitos casos, pode ser usado de forma equivocada pelo  gestor, além de se tornar uma ferramenta para o assédio moral. 
Esse assunto também será pautado na mesa permanente de negociação para  que haja uma coerência entre a filosofia do programa GDP e as práticas  gerenciais. 
Nova reunião - A próxima reunião da mesa temática de  Remuneração ficou previamente agendada para o dia 7 de abril. 
Fonte: Seeb DF 
 
                 
                 
                