Bancários questionam programa unilateral "Retorne Bem" do Santander

O Santander apresentou na terça-feira (10/03), o programa "Retorne Bem" como sendo uma ferramenta para auxiliar bancários em processo de volta de licença a reassumir sua vida profissional. Na prática, porém, as entidades sindicais enxergam que o instrumento não é executado como descrito, funcionando apenas como uma forma de administrar a questão dos afastados e se resguardar de eventuais procedimentos jurídicos.
A apresentação foi feita em reunião do Fórum de Saúde e Condições de Trabalho, ocorrida na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Em resposta, na mesma reunião, os trabalhadores protocolaram carta expondo o porquê do entendimento e pautando soluções. Os bancários deixaram claro aos representantes do Santander a insatisfação com a implantação do plano sem debate.
Na reunião e na carta foram expostos os problemas do programa. O primeiro citado é a falta de autonomia dos médicos. Também há falta de transparência. Quem adere, o faz sem ter acesso às regras que serão submetidos, ou se suas necessidades e restrições serão contempladas. Não participam da decisão ou recebem qualquer documento sobre quais seriam suas limitações. São passadas somente algumas orientações, verbalmente. Os gestores dos locais de trabalho sequer são informados que receberão uma pessoa integrante do programa.Os bancários reclamam, ainda, que não há uma atenção individual ao afastado, ou seja, o acompanhamento é o mesmo independente se a licença foi por Ler/DORT ou depressão.