Banco do Brasil A meta deve ser O RESPEITO!
Nos últimos meses, a alta direção do Banco do Brasil tem dado sinais preocupantes sobre o rumo da instituição. A gestão parece ter adotado uma lógica de mercado que transforma o ambiente de trabalho em um espaço de cobrança incessante, com metas inalcançáveis e práticas que adoecem o funcionalismo.
O corte de vagas de seis horas e a substituição por cargos de oito, sem diálogo com a representação sindical, é mais um reflexo dessa política de pressão e sobrecarga. Ao ampliar jornadas e reduzir direitos, o banco desrespeita sua própria história e os trabalhadores que sustentam os 217 anos da instituição.
A indignação entre os bancários cresceu após o anúncio de mais uma medida arbitrária do Banco do Brasil: a suspensão do pagamento de substituições nos meses de novembro e dezembro, para todos os funcionários do banco. A decisão desrespeita o esforço diário dos trabalhadores e mostra o descaso da direção com quem mantém o atendimento e as metas da instituição.
Em 2023, os funcionários celebraram o retorno das substituições, uma antiga reivindicação dos trabalhadores. Agora, alegando “controle e racionalização das despesas administrativas do banco”, a direção cancela as substituições nesses dois meses e ainda orienta que os funcionários evitem tirar férias nesse período.
Além disso, o banco vem retirando a ajuda de custo para deslocamento de quem atua nas Plataformas de Suporte Operacional (PSO), inviabilizando a permanência de muitos colegas. “Tem trabalhador que está pagando para trabalhar”, denuncia Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB.
A comissão reforça que o Banco do Brasil vem aprofundando a precarização das relações de trabalho, enquanto lucra bilhões. O corte de direitos e o aumento de metas desumanas caminham na contramão da valorização profissional. A mobilização da categoria será fundamental para barrar esses retrocessos e exigir respeito e diálogo.
“O banco precisa decidir se quer ser um agente de desenvolvimento ou apenas mais uma instituição privada preocupada em gerar lucro para acionistas”, salientou Fernanda Lopes.