Banco do Brasil apresenta números das perdas salariais

No terceiro encontro sobre a reestruturação do Banco do Brasil, mediado pela Procuradoria Geral do Trabalho, em Brasília, estiveram presentes a Contraf-CUT, Contec, Anabb (associação dos funcionários), Asabb (associação dos advogados do BB) e diversos sindicatos.
O banco teria que apresentar um mapa das perdas salariais dos realocados, o que fez, sem, contudo, demonstrar os percentuais, como querem os representantes dos trabalhadores. São 1243 funcionários que sofreram redução salarial. Eles foram pressionados a optar pela sistemática de grupos de funções (faixas salariais novas) que o banco criou para viabilizar realocações. Desse total, 522 funcionários não conseguiram vagas e desceram na escala das funções.
Sobre as demandas dos empregados, apresentadas em reuniões anteriores, o banco informou que os funcionários em VCP (vantagem de caráter pessoal) terão a jornada da nova função. Quanto ao VCP permanente, o banco continua negando. Sobre o endividamento, o BB criou uma linha de crédito de até cinco salários para pagamento em 25 meses.
Os trabalhadores criticaram a falta de transparência nas nomeações e no descomissionamento. "Os critérios são subjetivos e as regras não são claras. Nesse caso, o acordo coletivo de trabalho (ACT) prevê que o funcionário só perde sua comissão depois de três GDP (avaliação de desempenho) consecutivas, abaixo do esperado", explica a diretora do Sindicato e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Rita Mota, que participou do encontro.