Banco do Brasil - Dia Nacional de Luta dos Funcionários do BB

Hoje, dia 30 de abril de 2013, bancários e bancárias do Banco do Brasil de todo o país, estão participando da paralisação de 24 horas em resposta às práticas antissindicais e antidemocráticas da direção da instituição financeira, que vem promovendo uma série de ataques ao funcionalismo, como os descomissionamentos arbitrários, as demissões sem justa causa, as metas abusivas, a falta de funcionários e o novo plano de funções, implantado de forma unilateral pelo banco. A greve faz parte do calendário de lutas definido pelo Comando Nacional dos Bancários durante reunião realizada em fevereiro.
Implantado sem negociação com os trabalhadores, o novo plano de funções é repleto de perversidades. Para um grupo da Direção Geral (DG), o banco alterou unilateralmente a carreira, mantendo o desrespeito à jornada de 6 horas, e ainda exigiu a assinatura, em um “termo de adesão voluntário”. Para outro, extinguiu a carreira e submeteu os trabalhadores ao “limbo” dos processos seletivos viciados, observados em várias diretorias, concorrendo com o nepotismo e o apadrinhamento dos gestores de plantão.
Em Petrópolis, os bancários e bancárias não participarão do ato nacional, conforme deliberação dos presentes à assembleia do último dia 27 que, devido ao número reduzido de bancários e bancárias, decidiram pela não realização da paralisação de 24 horas. “É uma pena. Mais uma vez os bancários não se mobilizaram e não se uniram contra as práticas irresponsáveis por parte do banco. Estiveram presentes a assembleia somente 7 bancários, sendo que apenas 2 eram comissionados (os principais prejudicados pelo novo plano de funções). Em 2007 o banco fez algo semelhante, quando, entre outras medidas, acabou com as substituições e implantou a famigerada “lateralidade”. Na época os funcionários do BB, por todo o país, não se uniram e hoje vemos o resultado. A lateralidade só funciona no papel, pois na prática o desvio de função é prática comum. Agora, em 2013, seguimos desunidos e o banco segue com suas práticas antissindicais. Na semana passada enviou um comunicado ameaçando descontar o dia da paralisação (como ele faz todo ano durante a campanha salarial). Apesar de sabermos que há anos o banco não desconta dias por paralisação e/ou greve e lembrando que a greve é um direito do trabalhador em todos os dias do ano, não somente durante a campanha salarial, isso nos leva a uma reflexão: O que vale mais, um dia de trabalho ou toda uma carreira?” Disse o funcionário do banco e diretor do Sindicato, Marcos Alvarenga.