Banco privado de olho em operações da Caixa

De olho no quanto os bancos públicos podem ser rentáveis, os privados cobiçam possíveis oportunidades de aquisições da Caixa e do BB em 2019. A equipe econômica do governo Bolsonaro demonstra total afinidade com a privatização das empresas estatais.
Sérgio Rial, presidente do Santander, defendeu a quebra de monopólios nos serviços financeiros, como depósitos judiciais, folhas de pagamento de determinadas categorias e a gestão dos recursos do FGTS. Hoje, a Caixa administra mais de R$ 510 bilhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, utilizados para o desenvolvimento de políticas públicas nas áreas de habitação e saneamento.
Colocar recursos tão essenciais para o país nas mãos de empresas que colocam o lucro em primeiro lugar é preocupante. O presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, também já sinalizou interesse. É improvável que o banco que pretender fechar 300 agências no país esteja preocupado com distribuição de renda, emprego e programas sociais.
As conquistas sociais e econômicas dos brasileiros estão em jogo. Se a venda de áreas fundamentais dos bancos públicos for concretizada, FGTS, loterias, cartões, seguros, carteira de habitação, financiamento agrícola e linhas de crédito com preços mais acessíveis, dentre outros, podem ser ameaçados. A mobilização contra o esquartejamento das estatais deve continuar.