Bancos engordam cofres na base da demissão

O maior lucro da história dos bancos e cortes de 16.852 postos de trabalho em 30 meses. O resultado do Itaú Unibanco nos nove primeiros meses de 2013 atingiu R$ 11,156 bilhões, crescimento de 5,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas no material institucional de divulgação do balanço, destaque para o que o banco chama de Projeto Eficiência, por meio do qual reduziu o número de trabalhadores de 104.022 em março de 2011 para 87.440 em setembro de 2013. Isso significa extinguir 522 vagas por mês em 30 meses.
No Bradesco não foi diferente. Lucro líquido de R$ 3,064 bilhões no terceiro trimestre (resultado que superou as expectativas de analistas de mercado), representa alta de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado e mesmo com esse lucro volumoso, houve redução de 2.690 postos de trabalho. Somente nos três últimos meses são 541 empregos a menos.
No Santander, a única diferença está no lucro em queda. Foram R$ 4,335 bilhões no acumulado até setembro de 2013, o que representa redução de 8,9% em doze meses e 0,2% no trimestre. Mas a política de demissões é a mesma. Nos últimos 12 meses foram fechados 4.542 postos de trabalho, sendo 1.124 apenas nos últimos três meses.
A Caixa Econômica Federal apresentou saldo positivo de 3.982 empregos nos primeiros nove meses do ano e o Banco do Brasil manteve seu quadro de funcionários estável no período. “Lamentávelmente, Petrópolis se encontra dentro dessa vergonhosa estátistica”, declarou o diretor do Sindicato, Sávio Barcellos.