Bancos fecharam 2.535 postos de trabalho 1º bimestre

No primeiro bimestre de 2017, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os bancos brasileiros fecharam 2.535 postos de trabalho no Brasil. Esse saldo representa um crescimento de 223,75% em relação ao mesmo período de 2016, quando o saldo foi negativo de 783 postos de trabalho bancário.
O balanço é realizado mensalmente pela Contraf-CUT e pelo Dieese, verificando a diferença entre as contratações e as demissões. São analisadas ainda as concentrações em faixas de idade, sexo, postos de trabalho e salários com o objetivo de buscar causas e elementos para negociar e pressionar os bancos.
Para as entidades que representam os trabalhadores, há duas causas conjunturais para a aceleração nas demissões: a crescente digitalização da atividade bancária e a expectativa dos bancos com a aprovação das leis que permitem a terceirização irrestrita e que flexibilizam as leis trabalhistas.
A situação é ainda mais grave diante da crise econômica vivida no Brasil, que dificulta a recolocação dos demitidos em outros bancos ou setores da economia. Os dados permitem constatar, ainda, que as contratações estão concentradas em jovens até 24 anos (48%) e que as demissões atingem fortemente trabalhadores na faixa de idade entre 50 a 64 anos (29%). Com isso, diante da discussão da reforma da Previdência no Congresso, que pretende aumentar o tempo de contribuição combinado com uma idade mínima elevada para a aposentadoria, muitos bancários podem não conseguir se aposentar.