Bancos impedem crescimento econômico e geração de empregos

O Brasil patina na crise, mas quem paga a conta é sempre o trabalhador. Com uma política econômica baseada no “rentismo” privilegiando especuladores e banqueiros, os bancos continuam faturando bilhões, com lucros que não param de crescer. Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal fecharam 2017 com 78,5% do mercado de crédito. A situação é ainda mais desalentadora ao saber que a economia do país está nas mãos de dois banqueiros: Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda e dono do banco virtual Original e Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central, que é sócio do Itaú Unibanco.
A concentração no setor se agrava ainda mais, com a política do governo Temer de esvaziamento das instituições públicas e do avanço do setor privado na fatia mais lucrativa do mercado. As quatro maiores instituições financeiras (Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander lucraram R$57,63 bilhões em 2017, uma alta de 14,6% em relação ao ano de 2016 (R$50,29 bi).
O resultado não poderia ser pior para o consumidor. Os juros no cheque especial, por exemplo, chegam a 526,13% ao ano. O mais absurdo é que são justamente as maiores instituições financeiras que cobram as taxas mais altas.
No cartão de crédito, as taxas são de cerca de 334,5%. Os donos de lojas de departamentos viram nas financeiras um meio mais fácil de ganhar dinheiro. Os cartões destes estabelecimentos chegam a cobrar 875% de juros ao ano. Entre elas, a Riachuelo, de propriedade do empresário Flávio Rocha, que apesar de acumular riqueza à custa de juros escorchantes, ainda quer ser candidato à Presidência do Brasil em 2018.