Bancos são mal avaliados em nova pesquisa do Idec

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) lançou na última segunda-feira, 14/12, a edição 2016 do Guia dos Bancos Responsáveis (GBR). O estudo analisa as políticas de crédito e investimento dos sete maiores bancos em ativos do país, segundo dados do Banco Central (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander, HSBC e BTG), que juntos respondem por 80% dos depósitos e créditos em âmbito nacional.
Realizada desde 2010, na pesquisa foram avaliados em uma escala de zero a dez os conjuntos de políticas declaradas e publicadas das instituições financeiras.
A novidade da pesquisa é a inserção do tema, Direitos do Consumidor sob a mesma estrutura metodológica. Ainda na forma de estudo temático, com nota separada dos demais temas, os resultados deixam evidente a necessidade das instituições detalharem seus compromissos com os clientes em políticas e procedimentos. Trata-se de uma análise ainda a respeito das políticas das instituições financeiras relativas a direitos do consumidor, e esses resultados são anualmente complementados com os estudos de práticas já conduzidos pelo Idec há vários anos, publicados na página e na revista do instituto, bem como na própria página do GBR.
A análise contemplou os seguintes itens em direitos do consumidor: transparência sobre serviços, cobranças e riscos; combate ao superendividamento; qualidade do serviço; tratamento não discriminatório e gestão das reclamações. Segundo a pesquisa do Idec, os bancos ficaram muito mal avaliados em relação a um conjunto de regras que já deveriam estar amplamente institucionalizadas e refletidas nas políticas expressas das instituições. O Código de Defesa do Consumidor completará 25 anos de vigência em 2016, um conjunto de diretrizes e princípios mais antigo que muitas das regras específicas do setor financeiro. Em uma escala de zero a dez, o máximo atingido pelos bancos foi de 4,8.