Bancos se recusam a discutir introdução de pausas aos caixas

A luta dos bancários por melhores condições de saúde e trabalho é reflexo das inúmeras doenças que acometem os trabalhadores. Apesar da grande incidência das lesões causadas por esforços repetitivos e traumas do sistema musculoesquelético, os bancos têm demonstrado resistência em reconhecer a real dimensão do problema.
Uma das propostas dos bancários no âmbito da saúde é a garantia do intervalo de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados nos casos de serviços que exijam movimentos repetitivos, como os caixas e as funções que exijam cálculo, contagem de dinheiro e leitura digital de documentos, assegurando que não ocorra aumento da jornada trabalhada. Atualmente, a pausa é utilizada apenas para os trabalhadores que atuam na digitação e nas centrais de atendimento, em virtude dos esforços repetitivos.
A conquista da pausa de 10 minutos destinada aos teleoperadores atende a uma antiga reivindicação da categoria que remonta a década de 1990, período da automação do sistema e introdução de novas tecnologias no país, como a internet e a telefonia fixa em massa. Essas transformações colaboraram para fragmentar as tarefas, sobrecarregar o trabalho e prolongar as jornadas, disseminando um conjunto de doenças gerados pela LER/Dort, prejudicando os bancários em diversos setores, como os trabalhadores de telesserviços e os caixas, como é constatado atualmente.