Banqueiros querem a aprovação da Reforma da Previdência

É de causar estranhamento a declaração do economista do Bradesco, Octávio de Barros. Em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, disse que o Brasil é irrelevante e desinteressante para o mundo. A afirmação mais parece um recado para Temer, que ainda não conseguiu aprovar a reforma da Previdência, uma proposta que interessa muito ao sistema financeiro.
O Bradesco e os demais bancos foram os principais apoiadores e financiadores do golpe de 2016. Defende a política de arrocho e pressionou pela aprovação da reforma trabalhista, que retira direitos dos trabalhadores. Agora quer que o governo dê andamento à reforma que tira a aposentadoria de milhões de brasileiros. A medida só beneficia os bancos, que já investem pesado na venda de previdência privada.
É a lógica do capital. Só o lucro interessa. Detalhe: o balanço do Bradesco já é bem gordo. Nos nove primeiros meses do ano passado, lucrou R$ 14,1 bilhões. Para os executivos do banco é pouco. Precisa de mais. Não à toa, o economista foi jantar com Temer e com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.