BB - Banco do Brasil rumo à privatização?

Nessa sexta-feira, 05/01/2018, o Banco do Brasil lançou o Programa de Adequação de Quadros (PAQ) que, a princípio, se destina a regularizar as dotações das agências que possuem excessos de funcionários (conhecidos como extra quadros). Em alguns casos, as remoções serão compulsórias.
Faz parte integrante do programa um incentivo de desligamento voluntário, o que parece ser o mesmo que os antigos e temidos Programas de Demissão “Voluntária” (conhecidos como PDV). O banco criou três modalidades de desligamento: demissão a pedido; demissão a pedido – aposentadoria; e desligamento consensual. A vigência do PAQ será de 08/01/2018 a 28/02/2018. Já existem informações de escritórios e outros setores do banco, inclusive de escritórios digitais recém criados, sendo fechados, junto com a implantação desse programa. “Infelizmente, mais uma vez, o banco toma uma atitude drástica de forma unilateral, sem procurar os representantes dos funcionários. Isso ainda é um reflexo e consequência da desastrada reestruturação do banco, realizada em novembro de 2016. E se, naquela oportunidade, nós funcionários ficamos sabendo através do Fantástico, dessa vez não foi diferente, o Correio Braziliense, num artigo do dia 08/12/2017, divulgou o que agora se materializa”, disse o funcionário do banco e presidente do SindBancários Petrópolis, Marcos Alvarenga. Trecho do artigo: “(...) o Banco do Brasil (BB) prepara uma nova reestruturação. Mais enxuta que a anterior, a reformulação terá foco no remanejamento de pessoa(...)” - “Também está em estudo a abertura de um novo programa de desligamento incentivado, com o pagamento de até 12 salários extras. A novidade é que o público-alvo irá além dos mais de oito mil empregados que já podem se aposentar. Quem ainda estiver na ativa e quiser deixar de trabalhar na instituição financeira, mesmo sem tempo de contribuição para solicitar um benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), poderá aderir ao plano de demissões. A ideia é similar ao plano de demissão voluntária oferecido pelo governo federal aos servidores públicos”.
Segundo Alvarenga, a redução do número de funcionários no Banco do Brasil, a nível nacional, é algo certo. “Como o banco vai repor as vagas dos funcionários, que sairão através do desligamento voluntário, se não existe nenhum concurso com validade a nível nacional? Isso é mais um grande e massacrante passo, rumo ao desmonte do banco e de sua privatização”.