BB - DIA A DIA ESPECIAL

Negociações
Nesta sexta-feira, dia 18/09, os representantes do funcionalismo e do Banco do Brasil debatem um dos temas considerados essenciais pelos trabalhadores: Remuneração e Plano de Carreira. Esse é o tema da quinta rodada da Campanha Nacional Unificada 2015, que compõe a renovação do acordo aditivo do BB à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Os bancários propõem valorização do piso e aumento do percentual do interstício entre os níveis do Plano de Carreira e Remuneração (PCR), tornar o plano de funções mais justo e a adoção de critérios claros e objetivos para a ascensão profissional. Essas premissas garantem tanto a valorização dos trabalhadores quanto a possibilidade de alcançar promoções de forma democrática, evitando “apadrinhamentos”.
Entre as reivindicações do funcionalismo para o PCR está a adoção do salário mínimo do Dieese e de interstício de 6% na tabela de antiguidade (que atualmente é de 3%) e a redução do tempo para a evolução na carreira. Os bancários também querem o fim dos descomissionamentos e, nos casos de reestruturação, que seja paga aos funcionários envolvidos uma Verba de Caráter Pessoal (VCP), para que não haja prejuízo salarial.
Lucro
O Banco do Brasil apresentou lucro líquido ajustado de R$ 6,065 bilhões no primeiro semestre de 2015, 11,5% superior ao do mesmo período do ano passado. Levando em conta o impacto da receita gerada pela associação entre BB Elo Cartões e a Cielo, no ramo de meios eletrônicos de pagamento, o lucro líquido atingiu R$ 8,826 bilhões, crescimento de 60,3% em relação aos primeiros seis meses do ano anterior.
Empregos
O balanço do banco, divulgado no dia 13/08/2015, mostra que houve aumento de 778 postos de trabalho em relação a junho de 2014, assim o número de bancários chegou a 112.325 em todo o país. Mas, para os trabalhadores, esse aumento é insuficiente. Só no primeiro semestre o BB dispensou cerca de 5.000 pessoas, que se aposentaram por conta do PAI 2015 (Plano de Aposentadoria Incentivada). As agências estão caóticas, o atendimento aos clientes está precário e os bancários estão sobrecarregados e pressionados a cumprir metas cada vez maiores.
Mobilização
Nas últimas rodadas de negociações específicas com o BB, foram debatidos os temas: “Emprego” (em 24/08), “Saúde e Condições de Trabalho” (em 25/08), “Segurança, Igualdade de Oportunidades e Isonomia” (em 31/08) e “Cláusulas Sociais e Previdência Complementar” (em 11/09). Em todas elas o banco negou as reivindicações dos trabalhadores. Devido a isso, no dia de hoje, sindicatos e federações realizarão manifestações e mobilizações no BB por todo país. A intenção é conscientizar funcionários, clientes e usuários do BB, quanto a postura intransigente e irresponsável por parte do banco, que insiste em não reconhecer e não valorizar o trabalho daqueles que são os principais responsáveis pelo lucro da instituição.
“O banco, com todo o histórico de crescimento de seu lucro, tem total condição de atender todas as nossas reivindicações. Para termos uma dimensão do impacto da folha salarial no BB, apenas com as receitas de tarifas e serviços cobradas dos clientes, o banco cobre em 107% suas despesas de pessoal, incluindo a PLR. Ou seja, o banco poderia aumentar em 7% o número de funcionários, o que significaria a contratação de mais 8 mil trabalhadores que, mesmo assim, teria a folha de pagamento coberta em sua totalidade, apenas com o que arrecada com suas tarifas e taxas de serviço”, disse Marcos Alvarenga, funcionário do BB e Presidente do SindBancários Petrópolis.
“Outro dado importante que demonstra o quanto o BB não valoriza, de forma justa, seus trabalhadores é que o lucro líquido por empregado (ou seja, a média do resultado do trabalho de cada funcionário) é de R$ 27.102,58 (dados de março de 2015). Um aumento de 24,8% em relação ao ano anterior (que era de R$ 21.716,46). Por isso, vamos todos à luta pelo devido reconhecimento de nosso trabalho”, concluiu Alvarenga.