BB lucra 40% a mais, mas, extingue vagas e fecha agências

O Banco do Brasil não está nem aí para clientes e bancários. Basta ver que lucrou R$11, 9 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, uma alta de 43,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Extinguiu 2.552 vagas e fechou 69 agências. O montante leva em consideração os impactos de receitas extraordinárias, a maior delas (R$ 3,212 bilhões) corresponde à operação Cateno, acordo de associação entre BB, Elo Cartões e Cielo no ramo de meios eletrônicos de pagamento. Um desrespeito com os clientes, já que ao não realizar novas contratações para substituir os que saíram, fez com que a qualidade do atendimento caísse. Ainda mais se levarmos em conta que, nos nove primeiros meses do ano, o banco, cujo maior acionista é o governo federal, ganhou mais 544 mil correntistas.
Ao mesmo tempo em que pouco se importava em tomar atitudes para melhorar os serviços, a diretoria do banco não teve qualquer problema de consciência ao aumentar o valor das tarifas. Para que se tenha uma ideia, as receitas com serviços e tarifas totalizaram R$19,7 bilhões com alta de 9,5%, enquanto as despesas com pessoal somaram R$ 18,3 bilhões. Ou seja, o BB não repôs a mão de obra, fez com que o serviço piorasse, além de aumentar as tarifas para cobrir toda a folha de salários e garantir um trocado.