BB segue com ameaças aos associados da Cassi

O Banco do Brasil demonstra mais uma vez que não está interessado em beneficiar os funcionários e fugiu da mesa de negociação da Cassi. Para tentar reduzir as contribuições patronais na Caixa de Assistência, a instituição quer pressionar os novos diretores e conselheiros eleitos. A intenção é aumentar o custeio do plano para ativos e aposentados, além de instalar a cobrança por dependentes.
Como avalia que poderá contar com o voto dos novos eleitos na Cassi, o banco ignorou solicitação da Comissão de Empresa dos Funcionários para uma negociação nesta terça-feira (05/06). A proposta do BB prevê que a contribuição aumente em até 167%.
Ainda quebra o princípio da solidariedade, aumenta a contribuição do associado de 3% para 4%, institui a cobrança por dependente por critério que penaliza mais os salários e aposentadorias menores. Só prejuízos para os associados.
Atualmente, o associado da ativa com dois dependentes e salário de R$ 5.000,00 paga R$ 150,00 à Cassi e passará a pagar R$ 400,00 (4% mais R$ 108,17 por dependente, limitado a 8% do salário), aumento de 167%. Já o aposentado que recebe R$ 7.500,00 e tem um dependente paga hoje R$ 225,00. Ele passará a pagar R$ 600,00 (4% mais R$ 324,51 por dependente, limitado a 8%), aumento de 167%.
Para piorar, se for incluído o aumento na coparticipação, muitos pagarão até 10% do salário. O BB quer ainda implantar o voto de minerva para alterar o estatuto e as contribuições à revelia dos funcionários. Tudo para retirar o poder dos associados.