Bomtempo é eleito o novo prefeito de Petrópolis

Publicado em: 29/10/2012
Bomtempo é eleito o novo prefeito de Petrópolis

O candidato do PSB, Rubens Bomtempo, é o novo prefeito de Petrópolis. Ex-prefeito por duas oportunidades, entre 2001 e 2008, o candidato teve 87.317 votos, o que representa 56,05% do total das urnas apuradas. Seu concorrente, Bernardo Rossi, do PMDB, teve 68.469 votos, ou 43,95%.


A disputa no segundo turno, entre Bernardo Rossi (PMDB) e Rubens Bomtempo (PSB), foi definida no último dia 18 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


Bomtempo tinha ficado em segundo lugar no primeiro turno, mas concorreu como candidato indeferido com recurso e seus votos foram contados separadamente. Teve suas contas na administração da prefeitura, no período de 2001 a 2008, rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro por não ter recolhido valores devidos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo a Lei da Ficha Limpa, ficam inelegíveis para qualquer cargo quem tiver as contas rejeitadas por improbidade administrativa.


Por isso, no dia 15 de outubro, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro definiu que segundo turno ocorreria entre Rossi e Paulo Mustrangi (PT), terceiro colocado no pleito. Mas essa decisão foi derrubada pelo TSE.


Abstenções, votos brancos e nulos chegam a 85.614


A tendência do eleitor petropolitano de negar seu voto aos candidatos a prefeito, já demonstrada no primeiro turno, cresceu na votação de ontem. A soma de votos nulos e brancos com o número de eleitores que sequer compareceram às seções eleitorais alcançou 85.614, quase a quantidade de votos com que os petropolitanos elegeram Rubens Bomtempo – 87.317 – e mais que o total de votos dados a Bernardo Rossi – 68.469.


No primeiro turno das eleições, 44.652 eleitores petropolitanos se abstiveram de votar. Outros 10.004 votaram em branco e 18.042 anularam seus votos. Ontem, menos eleitores – 7.806 – votaram em branco, mas cresceram os números da abstenção – 54.480 – e de votos nulos – 23.328.


O complicado e demorado processo político para confirmação do registro da candidatura de Rubens Bomtempo, que só ocorreu depois do primeiro turno, foi um dos principais motivos atribuídos por especialistas, pelo elevado número de eleitores que deixaram de votar.