Caixa amplia investimentos em futebol mas, nas agências, funcionários ficam à míngua

A Caixa, mesmo banco que tem descumprido acordo com os trabalhadores e se nega a dialogar com os bancários, anunciou, no dia 19/01, o patrocínio gordo de R$ 83 milhões, a 10 clubes brasileiros de futebol. No total, oito times tiveram os patrocínios renovados e dois contratos são novos. Quem mais recebe dinheiro é o Flamengo: R$ 25 milhões. Mas, enquanto o banco esbanja “espírito esportivo”, nas agências, o imperativo é o corte de funcionários.
Hoje, praticamente todas as agências da Caixa funcionam com número de empregados inferior ao necessário. A falta de condições de trabalho tem aumentado os números de adoecimento físico e psicológico na categoria, ocasionados principalmente pelo assédio moral e pela cobrança de metas. A Caixa já enfrenta inquérito civil instaurado pela Procuradoria Geral do Trabalho da 10º região para investigar a falta de convocações dos aprovados no concurso público de 2014, mas ainda não há sinalização sobre novas contratações. Com o reduzido quadro de empregados, cresce a terceirização dos serviços dentro Caixa e o desrespeito à jornada de seis horas dos bancários. Enquanto isso, cerca de 30 mil candidatos aprovados no último concurso, de 2014, aguardam convocação.