Caixa apresenta porposta de PLR

Em negociação com os representantes dos bancários, a direção da Caixa Econômica Federal apresentou na terça 13, 20º dia de greve, uma proposta que traz modificações em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mas não traz avanços em relação à igualdade de direitos, ao Plano de Cargos Comissionados (PCC) e ao aumento do número de novas contratações (veja as tabelas abaixo).
PLR – O banco se comprometeu em pagar de PLR o que for mais vantajoso para o bancário: a proposta da federação dos bancos (Fenaban) ou a específica da Caixa.
Pela regra da Fenaban, os bancários receberiam a regra básica composta por 90% do salário, mais valor fixo de R$ 1.024. Além disso, o funcionário receberia valor adicional de 2% do lucro líquido, divido em partes iguais entre os funcionários, com teto de R$ 2.100. De acordo com a Caixa, por esta regra básica e valor adicional, o bancário receberia até R$ 5.649, conforme expectativa de lucro projetado. Pela regra específica da Caixa, a PLR pode variar entre R$ 4 mil e R$ 10 mil de acordo com a função dos bancários.
O Comando Nacional dos Bancários orientou a continuidade da greve por falta de melhorias nas propostas.
“Não tivemos nenhuma resposta adequada sobre isonomia de direitos, valorização salarial no Plano de Cargos Comissionados e melhoria nas condições de trabalho, temos que aceitar uma proposta completa que recompense nossos esforços e não propostas pela metade”, afirma o presidente Luiz Claudio Rocha.
A nova proposta da Caixa Federal | |
Reajuste | 6% aplicado aos salários e verbas como cesta-alimentação, tíquete-refeição e auxílio-creche/babá |
PLR | A Caixa se propõe a pagar o maior valor apurado entre a proposta da Fenaban e o Valor por Grupo de Cargos (veja abaixo): Regra da Fenaban 90% do salário mais R$ 1.024, limitada a R$ 6.680 e a 13% do lucro líquido. Adicional de 2% do lucro líquido, limitado a R$ 2.100. Com lucro projetado de R$ 2,13 bilhões, o maior valor pago atingiria R$ 5.649 e o menor, R$ 2.315 Regra da Caixa por grupo haveria a antecipação de 100% do valor, aplicando a regra básica da Fenaban até 3 de novembro, a segunda parte seria creditada em março de 2010 Grupo 1 (Superintendente nacional, chefe de gabinete, consultor da diretoria, consultor de relações institucionais, ouvidor, superintendente regional): R$ 10.000 Grupo 2 (Consultor jurídico, super. projetos especiais, gerente nacional, consultor técnico): R$ 9.500 Grupo 3 (Gerente geral, ger. regional negócios e canais, de produto, de segmento, de tecnologia, coord. de projetos especiais): R$ 9.000 Grupo 4 (Gerente de auditoria regional, de padrões e planejamento, de relacionamento institucional,de filial e de centralizadora, de jurídico regional, operacional): R$ 8.000 Grupo 5 (Coordenador jurídico, gerente de representação, administrativo, de relacionamento, de atendimento e supervisor de tecnologia): R$ 7.500 Grupo 6 (Coordenador, gerente de projetos, de serviço, líder de projetos e tecnologia, supervisor, profissionais): R$ 6.500 Grupo 7 (Analista de op. financeiras, auditor, assessor institucional, assistente jurídico, consultor de processo, interno e regional de canais, especialista, gerente de RETPV, secretário da presidência): R$ 5.750 Grupo 8 (Agente de conformidade, analista, Grupo 11 (Empregado sem função): R$ 4.000 |
Demais itens | Reafirma a implementação do novo Plano de Funções |
A nova proposta da Caixa Federal - sem avanços | |
Isonomia de direitos | Bancários reivindicam igualdade de direitos entre funcionários, já que os trabalhadores que ingressaram depois de 1998 têm menos direitos |
Mais contratações | Bancários exigem a ampliação das contratações de mais bancários, além das 3 mil previstas |
PCC | O banco se recusa a discutir uma política de valorização salarial e de evolução na careira no Plano de Cargos Comissionados |