Caixa Federal: gestão por medo aterroriza empregados

Publicado em: 29/07/2019
Caixa Federal: gestão por medo aterroriza empregados

    Os bancos privados utilizam a ameaça de demissão como ferramenta de gestão para que os bancários batam metas cada vez mais abusivas. A Caixa, por sua vez, diante da impossibilidade de demissão injustificada de forma sumária, usa uma ferramenta que cumpre o mesmo papel da demissão nos bancos privados: o descomissionamento arbitrário, que reduz vertiginosamente o salário e por muitas vezes paralisa a carreira dos bancários.

    Recentemente, nas Superintendências Regionais, gerentes regionais foram descomissionados de forma arbitrária, inclusive sem que fosse observado os regulamentos internos, ou princípios de lisura na gestão.

    No estado de São Paulo o número de descomissionamentos chega a dezenas por meio do Revalida, novo método de descomissionamento 100% subjetivo.

    Na Campanha Nacional dos Bancários 2016, após árdua negociação, a representação dos empregados arrancou da Caixa a criação de um grupo de trabalho (GT) para debater o descomissionamento arbitrário com o banco, que acabou com a retirada sumária de função.

    Hoje é vedada a dispensa de função antes de encerrado um processo, ainda que falho e subjetivo, garante um período de 60 dias no exercício da função no MO 21 182, que é a indicação de descomissionamento.

    Porém, no ano passado, a Caixa inseriu o GDP (gestão de desempenho de pessoas) dentro do MO 21 182, fortalecendo no instrumento o elemento de terror institucional ao vincular o cumprimento de metas individuais a manutenção da função, sendo uma ameaça constante de retirada da remuneração.