CAMPANHA SALARIAL - Na mesa, o assunto agora é emprego

Publicado em: 03/09/2014
CAMPANHA SALARIAL - Na mesa, o assunto agora é emprego

O ritmo de trabalho alucinante está na rotina dos bancários que, além da pressão e do assédio moral, têm de lidar com a sobrecarga decorrente do número reduzido de profissionais nas agências. 

    Se, em 1990, o Brasil tinha 732 mil bancários, em 1999, eram 393 mil, de acordo com o Dieese. A retomada do crescimento econômico e a expansão das operações de crédito, a partir de 2003, levaram a categoria ao patamar de 503 mil funcionários em 2012, ano do último levantamento.

    Outros dados, do Banco Central, mostram que BB e Caixa empregam 40% dos bancários do país. As duas instituições financeiras têm mais de 250 mil empregados. O aumento se deve, sobretudo, ao poder econômico e a influência política que as duas estatais ganharam a partir do governo Lula.

O crescimento, no entanto, não é sinônimo de melhorias nas condições de trabalho. Os trabalhadores dos públicos sofrem com os mesmos problemas dos privados. A demanda gerada pela inclusão bancária de milhares de cidadãos é enorme e a sobrecarga piorou. Hoje são quase 200 milhões de contas correntes no país.

    O tema emprego, portanto, é fundamental e está na pauta da terceira rodada de negociação. A reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), quarta e quinta-feira (03 e 04/09), trata também sobre remuneração, PCCS (Plano de Cargos e Salários) e valorização do piso.