Carga horária menor beneficia a saúde

A redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais, sem diminuição nos salários, além de impactar no aquecimento do mercado interno, com novos empregos, também influencia na qualidade de vida dos trabalhadores. Afinal, são quatro horas a mais para descansar, estar com a família ou, até mesmo, estudar. Se a distribuição das 40 horas acontecer nos dias de semana, o funcionário tem o sábado livre, por exemplo.
De acordo com a SIS (Síntese de Indicadores Sociais) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012, a jornada semanal média dos homens era de 42,1 horas e das mulheres de 36,1 horas. Mas, os cuidados com afazeres domésticos acrescentavam 10 e 20,8 horas, respectivamente.
Para os especialistas, a saúde do trabalhador tem consequência direta com o tempo de serviço. Quanto maior a jornada, maiores os riscos. Basta observar um empregado que trabalhe em um ambiente com muito ruído. A possibilidade de uma perda auditiva é mais ampla.
O Brasil avançou e cresceu economicamente, portanto, a redução da carga horária é, ainda, uma forma de redistribuir os ganhos do desenvolvimento, alcançado graças ao suor dos trabalhadores.