Cassi - SindBancários Petrópolis orienta voto “SIM”

A partir de hoje, 11 de novembro, até o dia 21/11, os associados ativos e aposentados participam de Consulta ao Corpo Social para votar o acordo negociado com o Banco do Brasil pelas entidades representativas dos associados (Contraf-CUT, ANABB, AAFBB e FAABB).
O acordo garante aporte de R$ 40 milhões mensais à Cassi até dezembro de 2019. Os associados ativos e aposentados recolherão R$ 17 milhões, por meio de contribuição extraordinária de 1% sobre o salário ou aposentadoria, até dezembro de 2019. Durante o mesmo período, o BB aportará R$ 23 milhões mensais, reajustados anualmente, para reembolsar despesas com programas e unidades próprias da Cassi, obrigação que será prevista em contrato a ser celebrado entre a Cassi e o banco.
Também será implantado Comitê de Auditoria e será feita a revisão de processos com auxílio de Consultoria contratada com recursos do banco, para melhorar os serviços de saúde, agilizar o atendimento e racionalizar despesas visando equacionar o déficit estrutural da Cassi.
O acordo preserva todos os direitos dos associados, programas de saúde como fornecimento de remédios e atendimento domiciliar a doentes crônicos e garante a sustentabilidade da Cassi. A solução foi construída em dois anos de negociação.
As entidades do funcionalismo rechaçaram a proposta inicial do banco, que jogava nas costas dos associados a cobertura do déficit e quebrava a solidariedade que sempre foi a maior força da Cassi. Depois de muita pressão o banco admitiu que precisa arcar com seus compromissos com a Cassi e fazer os aportes negociados.
O Sindicato dos Bancários de Petrópolis, a Contraf e a Comissão de Empresa (que representa o funcionalismo) defendem a aprovação, porque a Cassi precisa dos novos recursos para manter o Plano de Associados – Desde a última alteração estatutária em 2007 até 2015, as despesas cresceram mais que as receitas. As despesas obedecem às condições do mercado de saúde e as receitas, aos salários e aposentadorias. As despesas com o atendimento à saúde aumentaram muito mais que as receitas. O índice VCMH, que mede o aumento das despesas com consultas, exames, internação, terapias no Brasil, cresceu 203,8% no período, enquanto as despesas da Cassi cresceram bem menos, 147,6%, e as receitas de contribuições, 84,9%.
O acordo negociado reequilibra as contas da Cassi e garante a tranquilidade do associado e de sua família. Para Marcos Alvarenga (funcionário do BB, Presidente do SindBancários Petrópolis e membro do Conselho de Usuários da Cassi Rio) o acordo servirá para tirar a Cassi da situação crônica na qual se encontra, garantir os atendimentos e ganhar tempo para trabalhar por uma solução definitiva, aperfeiçoando os processos e os modelos de gestão e governança. “A contribuição de mais 1% sobre os nossos salários é temporária, assim como o aporte financeiro do banco. Provavelmente isso não será uma solução definitiva. Portanto, temos que ter a consciência de que somos diretamente responsáveis pelos acordos que realizamos, assim como em nossas campanhas salariais, ou seja, nossa mobilização, participação e luta em prol da NOSSA CASSI, daqui em diante, se fará cada vez mais necessária. E nessa jornada, devemos, funcionários aposentados e da ativa, caminhar e lutar juntos. Por nossa saúde e de nossos familiares”, diz Alvarenga.