Cesta básica já “come” mais de 60% do salário mínimo

Os preços dos produtos da cesta básica, em abril, aumentaram novamente nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. As altas acumuladas nos quatro primeiros meses do ano já supera a própria inflação anual.
Em 12 meses, os preços sobem acima de 20% em 15 cidades, mais que o dobro da inflação. Quem ganha salário mínimo comprometeu 61% da renda líquida para comprar uma cesta (há um ano, 54%). Em São Paulo, o gasto é ainda maior e consome 71% da renda. Sobem inclusive as tradicionais combinações do brasileiro: arroz com feijão, café com leite, pão com manteiga.
No acumulado em 12 meses, os dados do Dieese divulgados no dia 06/05, mostram alta também em todas as capitais. As variações vão de 17,07% (João Pessoa) a 29,93% (Campo Grande). A cesta sobe 27,09% em São Paulo, 26,67% em Curitiba, 26,26% em Brasília e 23,53% no Rio de Janeiro. Assim, com base na cesta mais cara, o instituto calculou em R$ 6.754,33 o salário mínimo necessário para as compras básicas de uma família de quatro pessoas.