Coletivo nacional dos bancários volta a debater segurança nos bancos
O movimento sindical, através do coletivo nacional, voltou a debater no último dia 17 de maio o tema da segurança bancária. Na avaliação dos sindicalistas, os bancos aproveitaram a preocupação da sociedade voltada para a pandemia da covid-19 para promover um desmonte nesta área tão importante para a categoria e para a população.
O governo Bolsonaro havia extinguido um importante instrumento que trata do tema, a Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), que envolvia a Polícia Federal, bancários e vigilantes. O decreto do governo anterior manteve 32 comitês consultivos em funcionamento, o que representa apenas 1,2% do total de 2.593 colegiados ligados ao governo, segundo levantamento do próprio Ministério da Economia, na época.
A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) defende a criação de um Grupo de Trabalho, bipartite, com a participação de representantes dos trabalhadores e dos bancos, para tratar deste tema específico.
Os sindicatos criticam a absoluta falta de segurança, portas giratórias e vigilantes nas chamadas unidades de negócios.
No encontro foi sugerido também a criação de um seminário, aberto ao público e às categorias envolvidas, para debater soluções para o problema.
Os membros do coletivo discutiram ainda a atualização da pauta de reivindicações, que precisa incluir um tema que preocupa toda a sociedade: os golpes digitais.
As agressões e crimes da chamada “saindinha bancária”, quando clientes e usuários são assaltados após sacarem o dinheiro no autoatendimento também preocupam os sindicatos.