Comando Nacional dos Bancários se reúne na próxima semana em São Paulo

Publicado em: 23/09/2016
Comando Nacional dos Bancários se reúne na próxima semana em São Paulo

A greve dos bancários continua firme enquanto a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) não apresentar uma proposta com aumento real. A categoria reafirma que não aceita abono salarial.


O Comando Nacional dos Bancários se reúne na próxima segunda-feira (26/09), em São Paulo, na se    de da Contraf-CUT, a partir das 14h. Os dirigentes sindicais vão avaliar as paralisações e mobilizações da maior greve da história da categoria e definir os próximos passos a serem seguidos.


A pauta de reivindicações foi entregue aos bancos no dia 09 de agosto, mas a Fenaban não apresentou proposta decente, que contemple as reivindicações dos trabalhadores. Já foram oito rodadas de negociação sem sucesso.


Os abutres financeiros alegam que o Brasil está em crise e que não há margem para aumento real de salário. O cinismo é descarado. Somente no primeiro semestre deste ano, o lucro dos cinco maiores bancos do país (Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) chegou a R$ 29,7 bilhões. No mesmo período houve corte de 13.600 postos de trabalho. Os banqueiros passaram horas tentando argumentar que a inflação prevista para os próximos 12 meses é de 5%. O discurso, no entanto, não convence. 


Mesmo após recordes diários de agências e locais de trabalho paralisados, os bancos insistem em se manter em silêncio, diante das demandas dos bancários, preferindo o uso de práticas antissindicais para tentar desestruturar o movimento grevista.


O Comando Nacional dos Bancários salienta que está aberto a negociações, mas até agora a Fenaban não marcou novas reuniões.


Vale-refeição na licença-maternidade


Enquanto estão trabalhando, as bancárias recebem normalmente o vale-refeição, mas, quando estão em licença-maternidade, momento em que precisam do montante para comprar mantimentos para os bebês, os benefícios são cortados.


O assunto está na pauta de reivindicação dos bancários em greve há 18 dias. A reivindicação é para que seja mantido o direito durante os seis meses de licença. Os bancos podem atender a demanda.


É só deixar a ganância de lado e compreender as necessidades dos trabalhadores. Diminuir as dificuldades das famílias faz parte da responsabilidade social dos patrões.