Concurso tenta disfarçar processo de privatização do BB

Os dirigentes participantes do debate feito nas redes sociais do SEEB/RJ ontem, dia 15/07, no final da tarde, foram unânimes em afirmar que, em que pese a sua importância, o concurso público aberto pelo Banco do Brasil está sendo usado como cortina de fumaça para esconder a intenção definida pelo governo de privatizar o BB. Frisaram que o número de vagas é muito inferior ao necessário para melhorar o atendimento e que o objetivo do governo é exatamente manter um serviço precário, como acontece sempre em estatais a serem entregues ao setor privado, desgastando o banco para tentar justificar a sua privatização junto à sociedade.
Outro assunto levantado foi em relação às pegadinhas do concurso, como a não inclusão dos que passarem, no plano de saúde da Cassi.
Participaram da live o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, José Ferreira; Marcos Alvarenga, Presidente do SindBancários Petrópolis e diretor da Secretaria de Bancos Públicos da Federação Estadual dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Federa-RJ); Débora Fonseca, representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB (Caref); João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB); além da advogada do Jurídico do SEEB/RJ, Natália Miranda.
Marcos Alvarenga, lembrou ser fundamental mostrar que a luta em defesa dos bancos públicos tem de ser de toda a sociedade e não só dos funcionários. “Este diálogo tem que ser feito diariamente com todos os segmentos socais”, disse.
O dirigente lembrou que os bancos públicos estão presentes em localidades que não interessam aos bancos privados, por não darem retorno imediato. “Dos 5.600 municípios brasileiros, 18% só são atendidos por bancos públicos. O BB e a CEF são responsáveis por 70% do crédito rural. De cada quatro agências bancárias, uma é do BB. As linhas de financiamento voltadas às micro e pequenas empresas são 60% do Banco do Brasil e 40% da Caixa. A sociedade precisa saber disto. Precisa saber que aos bancos privados, a quem o governo quer entregar BB e Caixa, não interessa nada disto e se posicionar contra as privatizações”, defendeu.