Conquista garantida pela Constituição Federal de 1988 sofre ameaças constantes

Em 2019 o tema da reforma da Previdência deverá dominar os debates no Congresso Nacional, na mídia e na sociedade. Os que defendem mudanças alegam que o país gasta muitos recursos com aposentadorias e pensões. Já os que são contra afirmam que o sistema de seguridade social enfrenta ataques como subfinanciamentos, limites orçamentários e desvios de recursos.
A reforma da Previdência, já foi anunciada como prioridade pelo governo eleito, que assume em 1º de janeiro. O ultraliberal futuro ministro da Economia defende a privatização do sistema, a exemplo do que ocorreu no Chile, onde 90% dos aposentados recebem, no máximo, apenas dois terços do valor do salário mínimo naquele país, e a taxa de suicídio entre a população com mais de 70 anos é a mais alta de toda a América Latina.
Segundo relatório do TCU (Tribunal de Contas da União), as isenções de impostos para empresas alcançaram R$ 354,7 bilhões. Esse montante corresponde a 30% de toda receita líquida do governo no ano e supera os alegados “déficits” da Previdência Social e do regime de aposentadorias dos servidores federais, que somaram R$ 268,8 bilhões em 2017. Ao invés de prejudicar quem trabalha a vida inteira, o governo deveria cobrar impostos dos empresários. Mas não é isso que o futuro presidente, de extrema direita, pretende fazer.