Contraf-CUT cobra garantia de emprego do Itaú

Até a primeira quinzena de abril, o Itaú havia fechado 35 agências no país em 2019, segundo o banco por não darem resultados positivos. Esse número mais do que duplicou segunda-feira (6), chegando a 77 agências fechadas no país em 2019. O banco ainda vai fechar mais 57 agências até dia 3 de junho.
As informações foram passadas pelo próprio banco durante reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú na manhã desta terça-feira (7), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo.
“A informação é preocupante não apenas para os trabalhadores, mas também para os clientes e para a sociedade como um todo. Os trabalhadores correm o risco de ficarem sem emprego e os clientes de ficarem sem atendimento. A cada dia que passa é maior o número de bairros e mesmo cidades sem nenhuma agência bancária”, observou o dirigente da Contraf-CUT e coordenador da COE do Itaú, Jair Alves.
Nas 35 agências fechadas até 15 de abril, 112, dos 122 funcionários da área operacional foram realocados, os outros 10 foram desligados, segundo o banco, por problemas na performance.
“Cobramos do banco que seja reaberto o Centro de Realocação e que os bancários realocados não tenham avaliação de performance durante os seis primeiros meses de realocado. Vamos acompanhar de perto, em todo o Brasil, as realocações dos bancários”, afirmou Ramon Peres, bancário do Itaú e coordenador da COE do Itaú em MG.
O diretor do SindBancários Petrópolis e funcionário do Itaú-Unibanco, Sávio Barcellos, participou desta reunião. Uma nova reunião deve acontecer no dia 18 de junho, quando o banco atualizará as informações de realocação das novas agências fechadas. Mas, os trabalhadores vão se reunir antes disso para analisar as possíveis ações a serem tomadas contra o fechamento de agências e as demissões de funcionários.