Contraf-CUT cobra mudanças no SQV do Itaú Unibanco

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com o banco na terça-feira (24) para obter informações sobre Score de Qualidade de Vendas (SQV). O objetivo era entender porque tantos trabalhadores estão sendo penalizados após a implantação do sistema, muitas vezes sem ao menos saber o porquê da punição.
Os trabalhadores também questionaram a transparência e reclamaram dos problemas de saúde que podem ser gerados pelo programa de avaliação de qualidade dos serviços implantado pelo banco, devido à pressão para o cumprimento de metas e pelo risco de demissão.
Segundo o banco, o programa foi implementado para evitar vendas casadas, fraudulentas aos clientes depois de receber diversas reclamações de clientes que alegavam não ter adquirido determinados produtos, mas os terem os valores descontados de suas contas. Uma central proativa liga para os clientes para confirmar, ou não, o interesse na aquisição do produto, ou serviço. No caso de não confirmação, a venda é cancelada e o funcionário é penalizado e seu nome é adicionado na tabela que aponta as penalizações. Os pontos são mantidos na tabela por 12 meses. Outra preocupação da COE é com a Ação Gerencial Itaú para Resultados (AGIR) e as influências do SQV sobre ele. Os resultados da AGIR são utilizados para definir a avaliação de desempenho dos funcionários e, consequentemente, suas remunerações pelos programas próprios de remuneração.
O diretor do SindBancários Petrópolis e funcionário do banco, Sávio Barcellos, participou da reunião em São Paulo.