Contraf-CUT questiona gastos dos bancos em segurança

A Contraf-CUT questiona o valor de gastos em segurança que os bancos divulgaram em reportagem de capa publicada na segunda-feira (06/04) pelo jornal Valor Econômico. Segundo a notícia, "o aumento de ataques criminosos a agências bancárias e caixas eletrônicos levou os bancos instalados no país a investir, em conjunto, R$ 9 bilhões no ano passado para tentar combater o problema". Mas, esse número não bate com o valor apurado pelo Dieese na análise dos balanços dos bancos. Segundo o estudo feito com os cinco maiores bancos (Itaú Unibanco, BB, Bradesco, Caixa e Santander), os bancos registraram despesas de segurança e vigilância de R$ 3,7 bilhões em 2014, o que representa média de 6,1% em comparação com os lucros de R$ 60,3 bilhões no mesmo período.
A diferença entre tais valores já havia sido levantada durante a rodada de negociação sobre segurança bancária na Campanha Nacional dos Bancários 2014. O representante dos bancos discordou dos dados apurados pelo Dieese. O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, propôs que fosse marcada uma reunião para que técnicos da Fenaban e do Dieese confrontassem os números. A Fenaban não deu resposta até hoje.
A reportagem aponta que ultimamente, a maior preocupação é com a explosão de caixas eletrônicos com dinamite. Não existem estatísticas nacionais públicas sobre explosão de caixas eletrônicos. Mas, sob a condição de não terem seus nomes revelados, grandes bancos de varejo do país dão indícios da gravidade do problema. Um deles relatou que no ano passado teve 1.400 caixas eletrônicos explodidos. Outro contabilizou 600 máquinas destruídas com dinamites. Um terceiro banco sofreu 166 ataques a ATMs, sendo 90 com explosivos.