CPI do HSBC será encerrada sem investigação de documentos

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado sobre o HSBC aprovou nesta semana requerimento para antecipar a apresentação do relatório final e o encerramento das atividades, que estavam previstos para abril de 2016.
Os senadores que participam da CPI argumentam a dificuldade de acesso aos documentos solicitados das autoridades francesas com a lista oficial dos clientes beneficiados pelo HSBC para a abertura de contas irregulares na Suíça. Os senadores alegam que os dados estão sob posse e investigação do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Receita Federal.
O vice-presidente da CPI do HSBC, senador Randolfe Rodrigues, discorda dos rumos e classifica como fim melancólico. Ele acredita que os trabalhos da CPI não deveriam ficar restritos aos documentos que foram negados pelas autoridades internacionais. Ele afirma que as investigações foram praticamente encerradas ainda no mês de junho, quando os membros da comissão suspenderam os pedidos de quebra de sigilo bancário e telefônico dos suspeitos de envolvimento no caso.
Em junho deste ano, o HSBC conseguiu um acordo de pagamento de multa de 40 milhões de francos suíços (cerca de R$ 134,5 milhões) para as autoridades de Genebra para encerrar a investigação sobre lavagem de dinheiro na Suíça.