Depressão, doença sorrateira que se agrava aos poucos

A depressão é a principal causa de problemas de saúde e invalidez no mundo. O dado, divulgado recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), revela um quadro generalizado: mais de 300 milhões de pessoas no mundo apresentam o transtorno.
No Brasil, 7,6% da população adulta sofre com a doença. Em números, isso significa que 11,2 milhões de pessoas com mais de 18 anos têm depressão, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O alto índice pode ser relacionado também ao fato da doença muitas vezes ser subestimada pelas pessoas. Com isso, estereotipar os sintomas pode prejudicar quem tem depressão, por essa pessoa achar que o que está sentindo é algo banal e que não necessita de tratamento.
Ao contrário do que muitos ainda pensam, a depressão é uma doença grave, que precisa de tratamento adequado. Inclusive, a OMS acredita que o crescimento da doença se deva também pela falta de apoio a iniciativas públicas para a saúde mental.
Há algumas hipóteses sobre o efeito da depressão na função dos hormônios e no funcionamento do cérebro. Há especialistas que apontam para a queda da serotonina no órgão como a causadora da doença. Este hormônio faz parte dos neurotransmissores do cérebro e regula sono, apetite e humor. Porém, outros indícios mostram que o estresse pode ter papel significativo no quadro de depressão. O aumento de hormônios ligados ao estresse, como o cortisol, pode prejudicar a saúde dos neurônios porque modificam a composição química do meio em que essas células exercem suas funções.
Trata-se de uma doença sorrateira, que se agrava aos poucos e, se não identificada, pode chegar ao ponto de incapacitar completamente o paciente e até matar.