Disque Real superexplora e adoece bancários
O Real, desde que passou a ser controlado pelo espanhol Santander, passou a sobrecarregar os funcionários do Disque Real com ainda mais trabalho. Estão sendo obrigados a vender produtos (sem que tenham sido contratados para isto), ao mesmo tempo em que tiram dúvidas, ouvem reclamações e realizam operações bancárias para os clientes. Não podem errar, têm um limite de tempo para o atendimento e uma meta absurda de vendas a atingir.
Mas a superexploração não pára por aí. Os trabalhadores não recebem nada a mais pelas vendas, e diferentemente dos bancários da rede das agências, não podem acessar sua conta na internet, apesar de fazerem isto a toda hora para os clientes, e não têm direito ao uso de celular no trabalho. Além disso, só contam com 20 minutos de lanche e no máximo 10 para usar o banheiro. A escala de trabalho é alterada sem consulta. Isto tudo sem falar do assédio moral praticado por alguns supervisores e supervisoras que acham pouco o que padecem os funcionários naquele inferno em que se transformou o setor e se vêem no direito de exigir descaradamente o batimento de metas, o que por sinal é impossível. “Vamos tomar as medidas cabíveis. Condenamos a superexeploração e o assédio imposto aos bancários do Disque Real, pois, desta forma, adoecem”, afirmou a diretora do Sindicato Fátima Guimarães.
Fonte : SEEB RJ